Este é o lema, ou a palavra-chave para este início de advento.
Estar atento (ao essencial da vida!) é super difícil, vejo isso em variadas situações quotidianas, comigo e com outros…
Vejo que hoje temos de fazer esforços colossais de forma a conseguir focar o essencial.
A informação é muita, abrimos uma qualquer página da Internet e somos bombardeados de informações.
Hoje a grande dificuldade não passa por obter informação mas sim filtrar, perceber e dominar.
Passamos a maioria dos minutos dos nossos dias mesmo desatentos, desligados diria eu!
Denoto nas gerações novas que não existe uma cultura aprofundada e esclarecida e interrogo-me... porquê se temos diversificadas maneiras de a obter.
Estar atento é mesmo URGENTE ...
ESTAR ATENTO ... a tudo o que nos rodeia, aos conselhos, aos gestos, aos sorrisos, aos silêncios ... estar atento a DEUS, na oração, na reflexão, na sua escuta da palavra, nos momentos a sós com ELE!
O nosso DEUS prima pela liberdade, humildade, paciência ... ele ali fica … tempos e tempos à espera que a nossa atenção se volte para ELE ... de braços sempre abertos ... afinal morreu assim por nós e para nós!
Neste advento, se estivermos + atentos, porventura assim possamos sentir e validar o nascimento de JESUS … nos outros e em nós!
Consegues ficar atento?
Obrigado a todos os leitores deste blogue pelos diversos feedbacks que nos vão fazendo chegar …
Pretendemos tão só, que o blogue seja, como outras modalidades,um subsídio adicional para a caminhada de fé e vivência em Cristo!
Ícone escolhido para este ano da misericórdia… porta símbolo de passagem!
Uma passagem pela PORTA que se fecha para o pecado… e que abre para o arrependimento e para a misericórdia!
Será então uma Porta da Misericórdia, onde qualquer pessoa que entre poderá experimentar o amor de Deus que consola, perdoa e dá esperança.
Uma porta que será aberta em todas as dioceses do Mundo!
O Papa Francisco, explicou na sua catequese semanal a 18.11.2015, que “nós somos os guardiões e os servos da Porta de Deus que é Jesus”.
“Se o guardião ouve a voz de Jesus – continuou- então abre e faz entrar as ovelhas todas que Ele traz, incluindo as que se extraviaram nos bosques e que o bom Pastor procurou até encontrar e trouxe aos ombros para o redil”.
E destacou que “não é o guardião que escolhe as ovelhas, mas o bom Pastor”.
A Igreja é a porteira da casa do Senhor, não a patroa!
Assim deve ser reconhecida a Igreja por toda a terra: como a guardiã de um Deus que bata à porta, como a rececionista de um Deus que não te fecha a porta com a desculpa de que não és de casa”.
Neste Ano Santo da Misericórdia somos assim chamados a ter esta atitude, esta abertura, e porventura a fazer a travessia!
Neste advento que se avizinha, a porta surge também como símbolo da bondade de Deus, que se abre ao mundo e o acarinha.
A 8 Dez será aberta a Porta Santa em Roma, data celebrativa dos 50 anos do fim do Concílio Vaticano II...
A 13 Dez aqui na Diocese de Aveiro.
Este ícone, presente em cada catedral, irá representar assim a abertura à MISERICORDIA DE DEUS!
Porta lateral da Igreja Matriz Nossa Senhora da Assunção – Vinhais
A respeito dos massacres recentes em Paris, França …
E porque morrem inocentes vitimas de ataques terroristas …
E não querendo de todo entrar em questões complexas e fraturantes importa aqui apresentar as nossas humildes considerações como cristãos católicos...
Decerto que reagimos com horror, com sofrimento, com angústia … todos...
Lembrava-nos o evangelho do domingo passado, acerca da passagem da nossa vida terrena, que não sabemos nem a hora nem o dia, que partiremos … apenas o Pai o sabe!
Enquanto as tvs, jornais, redes sociais (...) informam exaustivamente alguns pontos (não todos!) importa aqui recordar uma das primeiras histórias narradas na bíblia onde a divisão, orgulho e inveja levam à separação e morte...
A história de Caim e Abel … (Génesis cap. 4)
2 Irmãos, filhos de Adão e Eva, Caim o primogénito reage mal e assoberbado de inveja e ciúme, endurece o seu coração e … mata o seu irmão…
Disse Deus a Caim: - que fizeste? A voz do sangue do teu irmão clama a mim desde a terra...
A terra, jardim belo e acolhedor, manchada de sangue, fica escura, fria e com silêncios aterradores...
Neste 13.11.2015 reeditou-se novamente a história … novos Caim (s) e Abel …
Diz-nos Deus novamente … que fizeste tu?
...
Como fazemos uso da nossa liberdade? Ou abusamos da nossa liberdade?
Não obstante o sofrimento... este não é, nem nunca será o último sentimento, a última palavra...
Por exemplo o Salmo 46:1 sossega-nos a este respeito:
… Deus é o nosso refúgio e a nossa fortaleza, Auxílio sempre presente na adversidade…
E ainda…
"O nosso segredo é que Deus é maior do que o mal: e isto é verdade!" Papa Francisco
Para leitura e memória futura, catequese do papa Francisco, Roma 11.11.2015:
“Hoje vamos refletir sobre uma qualidade característica da vida familiar que se aprende desde os primeiros anos de vida: o convívio, ou seja, a atitude de partilhar os bens da vida e de ficar feliz de poder fazer isso. Partilhar e saber partilhar é uma virtude preciosa! O seu símbolo, o seu “ícone” é a família reunida em torno da mesa doméstica.
A partilha do alimento – e portanto, além disso, também dos afetos, dos relatos, dos acontecimentos… – é uma experiência fundamental. Quando há uma festa, um aniversário, nos reencontramos à mesa. Em algumas culturas é costume fazer isso também por luto, para estar próximo a quem está na dor pela perda de um familiar.
O convívio é um termômetro seguro para mensurar a saúde das relações: se em família há algo que não está bem, ou qualquer ferida escondida, à mesa se entende logo. Uma família que quase nunca come junto, ou em cuja mesa não se fala, mas se olha para a televisão, ou para o smartphone, é uma família “pouco família”. Quando os filhos, sentados à mesa, estão apegadas ao computador, ao telefone e não se escutam entre eles, isso não é família, é um pensionato.
O Cristianismo tem uma vocação especial ao convívio, todos sabem disso. O Senhor Jesus ensinava com prazer à mesa e representava o reino de Deus como um banquete festivo. Jesus também escolheu a mesa para entregar aos seus discípulos o seu testamento espiritual – fez isso na ceia – condensado no gesto memorial do seu Sacrifício: doação do seu Corpo e do Seu Sangue como Alimento e Bebida de salvação, que alimentam o amor verdadeiro e duradouro.
…
A família cristã mostrará justamente assim a amplitude do seu verdadeiro horizonte, que é o horizonte da Igreja Mãe de todos os homens, de todos os abandonados e os excluídos, em todos os povos. Rezemos para que esse convívio familiar possa crescer e amadurecer no tempo de graça do próximo Jubileu da Misericórdia.”
A nós … cá / lá por casa… numa próxima festa, num próximo encontro de mesa, lembremo-nos destes ensinamentos, e assim rezemos e louvemos a graça da partilha e da fraternidade …
Já agora … como vivemos o encontro familiar junto do Altar?