Ícone escolhido para este ano da misericórdia… porta símbolo de passagem!
Uma passagem pela PORTA que se fecha para o pecado… e que abre para o arrependimento e para a misericórdia!
Será então uma Porta da Misericórdia, onde qualquer pessoa que entre poderá experimentar o amor de Deus que consola, perdoa e dá esperança.
Uma porta que será aberta em todas as dioceses do Mundo!
O Papa Francisco, explicou na sua catequese semanal a 18.11.2015, que “nós somos os guardiões e os servos da Porta de Deus que é Jesus”.
“Se o guardião ouve a voz de Jesus – continuou- então abre e faz entrar as ovelhas todas que Ele traz, incluindo as que se extraviaram nos bosques e que o bom Pastor procurou até encontrar e trouxe aos ombros para o redil”.
E destacou que “não é o guardião que escolhe as ovelhas, mas o bom Pastor”.
A Igreja é a porteira da casa do Senhor, não a patroa!
Assim deve ser reconhecida a Igreja por toda a terra: como a guardiã de um Deus que bata à porta, como a rececionista de um Deus que não te fecha a porta com a desculpa de que não és de casa”.
Neste Ano Santo da Misericórdia somos assim chamados a ter esta atitude, esta abertura, e porventura a fazer a travessia!
Neste advento que se avizinha, a porta surge também como símbolo da bondade de Deus, que se abre ao mundo e o acarinha.
A 8 Dez será aberta a Porta Santa em Roma, data celebrativa dos 50 anos do fim do Concílio Vaticano II...
A 13 Dez aqui na Diocese de Aveiro.
Este ícone, presente em cada catedral, irá representar assim a abertura à MISERICORDIA DE DEUS!
Porta lateral da Igreja Matriz Nossa Senhora da Assunção – Vinhais
Para leitura e memória futura, catequese do papa Francisco, Roma 11.11.2015:
“Hoje vamos refletir sobre uma qualidade característica da vida familiar que se aprende desde os primeiros anos de vida: o convívio, ou seja, a atitude de partilhar os bens da vida e de ficar feliz de poder fazer isso. Partilhar e saber partilhar é uma virtude preciosa! O seu símbolo, o seu “ícone” é a família reunida em torno da mesa doméstica.
A partilha do alimento – e portanto, além disso, também dos afetos, dos relatos, dos acontecimentos… – é uma experiência fundamental. Quando há uma festa, um aniversário, nos reencontramos à mesa. Em algumas culturas é costume fazer isso também por luto, para estar próximo a quem está na dor pela perda de um familiar.
O convívio é um termômetro seguro para mensurar a saúde das relações: se em família há algo que não está bem, ou qualquer ferida escondida, à mesa se entende logo. Uma família que quase nunca come junto, ou em cuja mesa não se fala, mas se olha para a televisão, ou para o smartphone, é uma família “pouco família”. Quando os filhos, sentados à mesa, estão apegadas ao computador, ao telefone e não se escutam entre eles, isso não é família, é um pensionato.
O Cristianismo tem uma vocação especial ao convívio, todos sabem disso. O Senhor Jesus ensinava com prazer à mesa e representava o reino de Deus como um banquete festivo. Jesus também escolheu a mesa para entregar aos seus discípulos o seu testamento espiritual – fez isso na ceia – condensado no gesto memorial do seu Sacrifício: doação do seu Corpo e do Seu Sangue como Alimento e Bebida de salvação, que alimentam o amor verdadeiro e duradouro.
…
A família cristã mostrará justamente assim a amplitude do seu verdadeiro horizonte, que é o horizonte da Igreja Mãe de todos os homens, de todos os abandonados e os excluídos, em todos os povos. Rezemos para que esse convívio familiar possa crescer e amadurecer no tempo de graça do próximo Jubileu da Misericórdia.”
A nós … cá / lá por casa… numa próxima festa, num próximo encontro de mesa, lembremo-nos destes ensinamentos, e assim rezemos e louvemos a graça da partilha e da fraternidade …
Já agora … como vivemos o encontro familiar junto do Altar?